Pessoas revelam traços da
personalidade quando estão dirigindo
Mariana
Czerwonka - Portal
do Trânsito
Status social, poder,
liberdade, são diversos as teorias que definem a sensação de conduzir um carro.
Muita gente define o carro como a “extensão do corpo humano”, porém, hoje em
dia, os veículos não servem apenas para conduzir pessoas. As diversas marcas,
estilos, sobretudo com o luxo e a expansão da tecnologia, permitem que os
carros sejam um símbolo de status social. A psicanalista e professora da
Unijorge Jackeline Kruschewsky afirma que o “indivíduo tende a compreender o
volante do carro como o volante da própria vida, ou seja, estar na direção
possibilita a liberdade de condução por si mesmo”, por isso há uma sensação de
poder.
Conforme ela, que também é
perita de trânsito, é por isso que muitas pessoas têm medo de dirigir, pelo
pânico que causa se responsabilizar como agente da própria vida. “As pessoas se
sentem poderosas e protegidas pelo carro, donas da rua, da cidade, do espaço. O
dirigir pode ser uma arma para muitas pessoas. Além de que, dirigir gera
adrenalina, prazer, status, aventura e poder”, disse a psicóloga.
Nesse contexto, dirigir,
segundo especialistas, dá uma sensação de poder e superioridade perante os
demais. Respeitar as leis do CTB (Código de Trânsito Brasileiro), se atentar às
regras e preservar pela sua vida, e pela vida do outro, tem sido cada vez mais
pouco frequente. Casos como o do advogado Roberto João Starteri, que no último
sábado se envolveu no acidente, culminando na morte do publicitário Daniel
Prata, na Av. ACM, ou mesmo da médica Kátia Vargas, que em 2013 se envolveu no
acidente, resultando na morte dos irmãos Emmanuel e Emanuelle, cada vez são
mais frequentes.
A psicanalista Jackeline
explica que o poder do volante faz quebrar as defesas e liberar os impulsos
associados, muitas vezes, a traços perversos que acometem algumas estruturas.
“O stress também contribui porque deixa a pessoa vulnerável diante da condição
de suportar as frustrações provenientes do trânsito. O carro é uma forma de
expressão daquilo que o sujeito é. No veículo as pessoas se revelam porque o
trânsito tira as pessoas do sério e possibilita que elas se revelem”, pontuou a
professora da Unijorge.
Pro- XAVIER (O TRÂNSITO SÓ MUDA QUANDO A GENTE MUDA)
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