quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Como orientar futuros condutores a se tornarem recém-habilitados mais comprometidos com a segurança


                                                           Foto: Arquivo Tecnodata


De acordo com estatísticas divulgadas pelo Batalhão de Polícia Militar Rodoviária (BPMRv) de Minas Gerais, a inexperiência de quem dirige é um importante fator de risco: entre seis grupos classificados de acordo com o tempo de habilitação, acidentados com até cinco anos de carteira lideram, representando quase 30% do total. Os números se referem apenas aos primeiros sete meses deste ano, nos 1.060 quilômetros de rodovias policiadas pelo órgão.
Apesar de ser um número específico de um estado, essa é uma realidade vivenciada na maioria das vias brasileiras. Às vezes por medo, desconhecimento ou até, em alguns casos, autoconfiança, motoristas inexperientes colocam em risco a própria vida e a dos demais usuários do trânsito.
No Brasil, dirigir é como um rito de passagem, onde quem aprende se torna adulto e independente. O problema é que muitos jovens já chegam ao Centro de Formação de Condutores (CFC) achando que “sabem” dirigir e não aceitam o auxílio do instrutor.
A Tecnodata sabe que a responsabilidade, nesse caso, não é apenas do CFC. Se existisse educação para o trânsito de qualidade e levada a sério em todo ensino básico, seriam formados não apenas condutores melhores – independente da idade, mas verdadeiros cidadãos no trânsito, muito mais conscientes dos seus direitos e deveres.
Por fazer apenas de parte de uma pequena etapa na vida do jovem, a missão honrosa do instrutor, nesse curto espaço de tempo, é fazer com que o candidato aprenda a sobreviver à violência protegendo a si, aos seus acompanhantes e demais atores desse imenso cenário denominado trânsito e isso exige muito mais do que algumas poucas horas de ensinamento teórico e outras tantas de direção veicular. O futuro condutor só estará certo dessa responsabilidade com maturidade e experiência.
Para auxiliar o instrutor de trânsito nesse processo, separamos algumas dicas para serem levadas para a sala de aula. Esse conteúdo ajudará o futuro condutor a participar do trânsito com mais segurança.

Prova teórica e prática do Detran

Os exames feitos no Departamento Estadual de Trânsito (Detran) não podem ser o objetivo final do futuro condutor. Ele não pode aprender apenas para passar na prova, mas sim, para ser um melhor condutor. Tenha sempre em mente essa informação e deixe bem claro para o candidato que o mais importante não é passar na prova, mas sim ser o melhor motorista, ou o mais preparado, que puder.

Nunca dirigir sem habilitação

Mesmo faltando pouco tempo para pegar a PPD e já sabendo um pouco de como funciona o trânsito, dirigir sem habilitação está fora de cogitação. Dirigir nessa condição, além de infração, é crime de trânsito e pode afetar diretamente o processo de habilitação do candidato.  Aconselhe sempre o seu aluno de que infringir essa regra pode trazer sérias consequências para a vida dele. A multa é o menor dos problemas. Uma pesquisa realizada pela Volvo em 2007 intitulada de: “o Jovem e o Trânsito” revelou que 42% dos jovens entre 16 e 25 anos dirigem carros sem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), sendo 48% deles de cidades do interior. Além disso, 76% deles dirigem motos sem CNH. Entre os entrevistados, 21% dos jovens já estiveram envolvidos em acidentes de trânsito.

PPD

Ter em mãos a Permissão para Dirigir (PPD) não é um atestado de que o condutor está preparado para enfrentar o trânsito. O recém-habilitado deve ter consciência de seus limites e dificuldades, e aos poucos, com muito cuidado, enfrentar os desafios que surgem no caminho. Trafegar em rodovias, então, deve acontecer aos poucos, pois  é muito diferente do que andar no trânsito urbano. Para adquirir prática, deve-se começar conduzindo em trechos curtos, em estradas e rodovias de baixo fluxo de veículos. Oriente o candidato que ter alguém, com experiência, ao lado nessa fase, é bastante importante e pode fazer a diferença.

Treinamento

Só se adquire prática com treinamento. Não é porque já conseguiu a PPD que o recém-habilitado não pode treinar. Sugira que ele faça isso sempre que possível e em locais com menor fluxo de veículos e pessoas, para que não esteja exposto aos demais condutores que muitas vezes não têm paciência nenhuma com quem tem dificuldades.

Entender como o carro funciona

É imprescindível para o condutor recém-habilitado entender como o carro funciona. Frear bruscamente, acelerar demais, trocar os pedais, virar o volante, todas essas ações tem uma reação e o condutor deve estar preparado para lidar com elas. Para tudo isso é essencial o treinamento e a repetição de movimentos.

Estar disponível

Coloque a autoescola a disposição do futuro condutor. Não se aprende tudo e nem se adquire prática em poucas horas de treinamento. Mesmo depois de habilitado, é possível fazer uma aula ou outra para treinar e adquirir mais confiança.

Fonte:http://portaldotransito.com.br/para-o-seu-cfc/ensinando-a-aprender/como-orientar-futuros-condutores-se-tornarem-recem-habilitados-mais-comprometidos-com-segurança/

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Conheça o plano do Brasil para reduzir mortes no trânsito

Objetivo é estabelecer metas anuais para cada estado e o Distrito Federal para reduzir as fatalidades no prazo de dez anos

                                                            Foto: Freeimages.com

Quando o assunto são mortes no trânsito, o Brasil ainda figura entre os primeiros países do continente americano em acidentes fatais. Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 37 mil pessoas morrem a cada ano vítimas de acidentes nas estradas brasileiras.
Além das fatalidades e riscos para a saúde, os cofres públicos também sofrem com a ausência de segurança viária. Por ano, acidentes de trânsito custam cerca de R$ 40 bilhões para o Estado, de acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O governo brasileiro, sociedade civil, polícias rodoviárias e conselhos de trânsito contam com um aparato legal para tentar reduzir o número de mortes no trânsito. A Lei nº 13.614/2018, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pela presidência da República em janeiro deste ano, cria o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans).
O Pnatrans vai propor metas anuais para cada estado e o Distrito Federal. O objetivo é reduzir as fatalidades no prazo de dez anos. As metas serão fixadas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Conatran), que vai reunir propostas dos conselhos de trânsito nos estados e DF; da Polícia Rodoviária Federal e da sociedade civil.
Uma das principais ações dentro do programa é a unificação das informações sobre acidentes fatais de trânsito nos níveis municipal, estadual e federal dentro de um único banco de dados.
Primeiros Passos
O governo federal, por meio do Ministério das Cidades, estabeleceu uma parceria com o Instituto Tellus, a Consultoria Falconi e a Cervejaria Ambev para implementação do Pnatrans. As entidades irão coletar informações e estatísticas de segurança viária junto aos Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans) em nove estados e no Distrito Federal. A partir disso, o governo terá um diagnóstico inicial da segurança viária no Brasil e poderá identificar, sobretudo, as principais causas dos acidentes.
Em seguida, o trabalho de diagnóstico será feito nos 16 estados restantes. De acordo com o Ministério das Cidades, uma vez que os dados estiverem compilados, será definida e implantada uma metodologia de coleta, tratamento e divulgação dos dados nacionais, além de metodologias de desdobramento, e comunicação das metas a serem definidas.
Resolução 740/18
Publicada no Diário Oficial da União de hoje (19), a Resolução n. 740/18 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) dispõe sobre as metas de redução dos índices de mortos por grupo de veículos e dos índices de mortos por grupo de habitantes para cada um dos Estados da Federação e para o Distrito Federal, de que trata a Lei n. 13.614, de 11 de janeiro de 2018, que criou o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS).

Fonte: Governo do Brasil

Fonte:http://portaldotransito.com.br/noticias/conheca-o-plano-do-brasil-para-reduzir-mortes-no-transito/

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

O que você não deve fazer ao volante

Existe uma lista enorme de atitudes que são proibidas aos motoristas e, muitas delas, você já deve saber só de usar o bom senso. Foto: Divulgação Assessoria.

Ninguém gosta de cometer infrações, não é verdade? Porém, nem todos sabem o que as leis de trânsito proíbem e acabam ficando surpresos quando recebem as tão temidas multas.
A fim de garantir a organização do fluxo de veículos e evitar acidentes, o Código de Trânsito Brasileiro possui inúmeros artigos com normas para que o motorista conduza, com segurança, o veículo. Então, se você costuma comer algo enquanto dirige, saiba que corre grande risco de ter surpresas desagradáveis.
Veja outras atitudes que são proibidas ao volante!
Infrações que podem prejudicar a atenção e desempenho do condutor
Existe uma lista enorme de atitudes que são proibidas aos motoristas e, muitas delas, você já deve saber só de usar o bom senso. Conheça quais são as infrações que podem prejudicar a sua atenção e desempenho ao dirigir e que também são proibidas ao volante!
  1. Comer ou beber
Quem nunca comeu algum petisco enquanto estava dirigindo? E beber água? Especialmente quando se está viajando, essas atitudes são consideradas comuns pelos motoristas. Porém, é uma infração classificada pelo Código de Trânsito Brasileiro, como ato de dirigir com somente uma das mãos. Então, fique atento, pois essa atitude pode lhe render 4 pontos na carteira de motorista e multa de R$ 130,16.
  1. Fumar
O hábito de fumar dirigindo também é considerada uma infração média, assim como consumir alimentos. Isso porque o condutor não fica com as duas mãos na direção por todo o trajeto, constituindo assim, infração como se pode ver no Artigo 252 do Código de Trânsito Brasileiro. Fora isso, o condutor que fuma também pode ser autuado por colocar a própria segurança, dos ocupantes do seu veículo e de outros motoristas em risco. E se jogar os restos de cigarro pelo vidro do carro, poderá ser autuado também e arcar com três multas, além de perder pontos na CNH.
  1. Usar fones de ouvido
O motorista não deve estar atento ao trânsito apenas com a visão, mas também com a audição. É essencial que o condutor consiga ouvir todos os sinais sonoros no trânsito, como buzinas, barulho do veículo, entre outros. Ser flagrado com fones de ouvido enquanto dirige, pode render multa por infração média, conforme o Artigo 252 do CTB. E atenção! Se você for flagrado também manuseando o celular, receberá multa gravíssima.
  1. Colocar o braço para fora da janela
Pelas ruas você deve perceber que muitos motoristas têm o hábito de colocar o braço para fora da janela, porém, é algo que gera infração de trânsito, com perda de 4 pontos na carteira. A lei permite colocar o braço para além dos limites da janela, em caso de precisar sinalizar outro condutor.
  1. Transportar objeto ou animais no colo
Tanto no colo como à esquerda, o motorista que transportar objetos ou animais poderá perder 4 pontos na carteira e pagar multa. Além disso, tais atitudes colocam a segurança das pessoas em risco, inclusive do motorista.
  1. Dirigir embriagado
Embora seja algo que todos sabem, muitos acidentes ocorrem por conta do condutor estar embriagado. Aqui nem precisamos informar que, se pego em flagrante, o motorista receberá multa e terá a CNH suspensa, além de correr o risco de ser preso. Para evitar que esse tipo de conduta continue a ocorrer, nos Estados Unidos uma nova tecnologia para salvar vidas está sendo testada, a Driven to Protect. Trata-se de uma tecnologia disponível nos carros inteligentes para detectar se o condutor está embriagado e no caso de confirmação, o veículo simplesmente trava.
É importante se atentar que, além de gerar infração de trânsito, esses hábitos colocam a sua segurança, dos ocupantes do seu veículo e demais pessoas em risco.

Fonte:http://portaldotransito.com.br/noticias/o-que-voce-nao-deve-fazer-ao-volante/

Você sofre com a síndrome da faixa esquerda? Veja aqui!

Por Mariana Czerwonka

Segundo pesquisa realizada na Espanha 14% dos motoristas sofrem da síndrome da faixa da esquerda, ou seja, passam por ela sem fazer nenhuma ultrapassagem. Alguma coincidência com o Brasil?


De acordo com o CTB, em vias com faixas de mesmo sentido, as da direita são destinadas aos veículos mais lentos e de maior porte e as da esquerda para ultrapassagens. Foto: Arquivo Tecnodata.


Imagine uma situação. Você está trafegando em uma via com mais de uma faixa. Lá na frente, um condutor desatento, trafega com seu veículo pela faixa da esquerda sem estar realizando nenhuma ultrapassagem, mesmo a faixa da direita estando livre. Essa é uma situação incomum?
Não há pesquisa no Brasil específica sobre esse assunto, mas não é difícil termos uma ideia da resposta. Na Espanha, um estudo chamado “Observatório sobre comportamento de motoristas na rede das Autopistas 2018”, comprovou que 14% dos motoristas trafegam pela faixa da esquerda sem fazer nenhuma ultrapassagem. Eles chamaram esse comportamento de síndrome da faixa da esquerda.
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), em vias com faixas de mesmo sentido, as da direita são destinadas aos veículos mais lentos e de maior porte; as faixas da esquerda são utilizadas para ultrapassagens e deslocamento de veículos mais rápidos, devendo todos respeitar os limites de velocidade máxima definido para a via.
“Ter conhecimento e respeitar as regras só contribui com a segurança e pode evitar muitos conflitos. Os condutores podem transitar pela esquerda, não é proibido, mas apenas com o objetivo de efetuar uma ultrapassagem. Após realizar a manobra, deve voltar para a faixa da direita”, explica Eliane Pietsak, pedagoga e especialista em trânsito.
Ainda segundo a especialista, mesmo se o veículo de trás estiver acima da velocidade, é dever do condutor dar passagem ao condutor apressado. “Se um carro se aproxima do seu e pede passagem, não cabe ao condutor da frente decidir a velocidade que o outro deve trafegar, mesmo que este esteja cometendo uma infração por excesso de velocidade. A fiscalização deve ser feita pelo órgão competente, não cabe a nós, condutores que trafegam pela via, julgarmos a conduta do outro motorista”, explica a especialista.
Lembrando também que mesmo que alguém esteja trafegando indevidamente pela faixa da esquerda, não é permitido ultrapassar pela da direita. “O correto é aguardar a faixa da esquerda ser liberada”, conclui Pietsak.
Infração de trânsito
Conforme o artigo 198 do CTB, deixar de dar passagem pela esquerda, quando solicitada é uma infração média, penalizada com multa de R$ 130,16.
Outra ação irregular é ultrapassar pela direita, salvo quando o veículo da frente estiver colocado na faixa apropriada e der sinal de que vai entrar à esquerda. Essa também é uma infração média, com multa de R$ 130,16.

Fonte:http://portaldotransito.com.br/noticias/voce-sofre-com-sindrome-da-faixa-esquerda-veja-aqui/